O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) chamou a atenção, em pronunciamento nesta quarta-feira (21), para a varíola símia, também conhecida como mpox, que foi declarada como emergência de saúde pública de importância internacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para o parlamentar, esse alerta destaca as ameaças contínuas das doenças infecciosas emergentes e reemergentes na segurança global.
O senador afirmou ter enfrentado desafios semelhantes quando foi ministro de Ciência e Tecnologia, entre 2019 e 2022, ressaltando ser crucial manter sistemas robustos de saúde pública e pesquisa científica. Pontes destacou ter criado, durante a pandemia de covid-19, o comitê RedeVírus MCTI, formado pelos principais cientistas e instituições de pesquisa do Brasil. Segundo o parlamentar, o grupo acelerou o desenvolvimento de soluções científicas e fortaleceu o sistema de saúde, dando um passo significativo para a autonomia científica e tecnológica brasileira.
— Em 2022, quando a mpox ressurgiu como uma ameaça global, a RedeVírus estava prontamente equipada para enfrentar esse novo desafio: respondemos rapidamente, importando cepas do vírus Vaccínia Ankara Modificado, fundamentais para a produção de vacinas contra a varíola símia no Brasil. Esse esforço não só demonstrou a nossa capacidade de resposta imediata, mas também reforçou nossa independência na produção de imunizantes.
Pontes afirmou estar preocupado com a atual redução nos investimentos e apoio às iniciativas vitais de saúde, incluindo a produção nacional da vacina contra a varíola. O senador destacou que a falta de financiamento contínuo e de suporte governamental ao enfrentamento científico dessas viroses compromete a capacidade de responder a emergências e reduz a soberania brasileira em saúde pública.
— Neste momento crucial, precisamos que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, juntamente com o Ministério da Saúde, reafirme seu compromisso com a proteção contra viroses emergentes e reemergentes que não incluem somente a mpox, mas também dengue, zica, chikungunya e muitas outras. É fundamental que sejam garantidos os suportes necessários para que a RedeVírus e outras ações científicas continuem sua missão vital para o país.
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