A queimada que atinge o Parque Nacional de Brasília desde este domingo (15) já chega perto das casas situadas nas redondezas do local. A professora Silvana Moura, que mora em uma vila militar ao lado da Floresta Nacional, conta que as chamas chegaram em volta de sua casa no início da tarde desta segunda-feira (16).
“Durante a madrugada eu senti o cheiro da queimada, mas estava muito longe, pensei que daria tempo de apagar. Ao meio dia, fui sair pra buscar minha filha no colégio e só vi a fumaça da queimada e, quando retornei, a vila estava cercada pelo fogo”, conta.
O Parque Nacional é uma unidade de conservação vinculada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente. A Polícia Federal investiga a origem do incêndio, que já consumiu 700 hectares da área de proteção ambiental .
Apesar da fumaça espessa que prejudica a respiração e causa ardência nos olhos e na pele, a família decidiu não sair de casa por enquanto, por causa dos quatro cachorros. Silvana, o marido e os três filhos continuam aguardando a ação do exército e dos brigadistas que seguem tentando apagar o fogo. Segundo ela, aviões também estão jogando água no local.
Silvana conta que essa é a pior situação já enfrentada no local. “Já teve queimadas na floresta em outros anos, mas dessa vez está pior. Eu nunca vi uma coisa tão absurda”. Segundo ela, famílias vizinhas estão deixando suas casas por causa da fumaça e do medo do avanço do fogo.
Com 146 dias sem chuvas este ano no Distrito Federal, o tempo quente e seco dificulta o trabalho das equipes e facilita a propagação das chamas.
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