O senador Cleitinho (Republicanos-MG) questionou, em pronunciamento na terça-feira (15), o tratamento dado pela Justiça aos envolvidos na invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Segundo o parlamentar, o Supremo Tribunal Federal (STF) está "agindo como se essas pessoas fossem bandidos, enquanto criminosos de verdade estão sendo soltos ou migrando para o regime semiaberto".
— Saiu esta notícia aqui: "Justiça determina transferência do braço-direito de Marcola para o regime semiaberto". E tem mais: "STJ anula condenação de traficante por entender que polícia 'invadiu' casa do acusado". Essa turma aqui, bandidos, criminosos, está toda solta, está toda liberada. Agora, um pai de família desses que estava aqui pegar 14 anos, gente? Isso aqui é a maior injustiça que existe! [...] Se teve pessoas que quebraram, tudo bem. Agora, pessoas que estiveram aqui, que não entraram, que não chegaram a quebrar, não chegaram a fazer isso, pegar uma punição dessa aqui? É brincadeira!
Cleitinho também criticou projeto de lei da Câmara dos Deputados que flexibiliza as regras de inelegibilidade ( PLP 192/2023 ). O texto está em tramitação no Senado. O senador ponderou que a matéria enfraquece a da Lei da Ficha Limpa ( Lei Complementar 135, de 2010 ) e argumentou que essas regras deveriam ser ainda mais restritas.
— Nós temos é que poder afunilar mais ainda. Eu vou colocar a emenda aqui, porque políticos como o Sérgio Cabral [ex-governador do Rio de Janeiro], Eduardo Cunha [ex-deputado], esse tal de Pezão [ex-governador do Rio de Janeiro], que virou prefeito novamente, esses caras nunca mais poderiam ser candidatos. É brincadeira uma situação dessas. Esses caras, se você saísse na rua em um país sério e visse o que esses caras fizeram com prefeitura e com o governo, esses caras iriam apanhar na rua.
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