A escola é muito mais do que um espaço de ensino tradicional: em Rio Preto, ela tem sido a porta de entrada para um futuro mais saudável e consciente. Por meio do projeto de Educação Alimentar e Nutricional, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação (SME), milhares de alunos estão transformando a relação com a comida e adquirindo hábitos que prometem mudar suas vidas e as de suas famílias.
O projeto parte de um princípio fundamental: as escolas são ambientes privilegiados para a construção de práticas alimentares saudáveis. É nesse contexto que as crianças formam seus hábitos, e cada aprendizado, cada refeição e atividade educativa pode gerar impacto duradouro. "Alimentar-se bem vai muito além de suprir as necessidades nutricionais; é sobre valores sociais, culturais, afetivos e até sensoriais", destaca a nutricionista Ednéia Margareth de Azevedo da Silva, coordenadora do projeto. "Comida é cultura, prazer e conexão."
Desde o seu início, em 2018, o projeto tem envolvido alunos do Ensino Infantil e Fundamental com oficinas, palestras e atividades práticas. Em 2020 e 2021, devido à pandemia, as ações presenciais foram suspensas, mas o trabalho continuou de forma online, provando que nem mesmo as dificuldades globais seriam capazes de frear a dedicação à saúde alimentar.
O impacto já é sentido nos números: de 2018 a 2024, o projeto atendeu 23.981 alunos. Cada ano tem sido marcado por novas conquistas. Em 2022, por exemplo, o trabalho foi reconhecido na 4ª Jornada de Educação Alimentar e Nutricional, promovida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), onde o que foi realizado na Escola Municipal Profª Elvira de Guzzi Ribeiro foi premiado durante o 2º Congresso Internacional de Alimentação Escolar em Brasília. O tema "Descobrindo novas receitas" demonstrou como práticas criativas podem despertar interesse e engajamento.
"A alimentação interfere diretamente no rendimento escolar. Quando a nutrição é inadequada, há maior propensão a dificuldades como déficit de atenção e hiperatividade", alerta a secretária de Educação, Fabiana Zanquetta de Azevedo. Por isso, as ações vão além dos muros da escola e mobilizam pais, professores e toda a comunidade escolar. Em 2023, mais de 5.390 alunos e pais foram beneficiados, mostrando que o envolvimento é coletivo e contínuo.
Com atividades que vão desde a introdução alimentar para crianças até estratégias voltadas para os anos finais da infância, o projeto busca criar um ciclo virtuoso de práticas saudáveis. E isso exige um trabalho transdisciplinar e colaborativo. "O exemplo dos educadores, a participação ativa dos pais e a colaboração entre profissionais da saúde são peças-chave nesse processo", conclui a nutricionista da SME, Ednéia Margareth de Azevedo da Silva.
Em 2024, o projeto segue firme, impactando mais de 7.185 alunos. O objetivo é simples e grandioso: formar cidadãos mais saudáveis, conscientes e prontos para transformar suas comunidades, começando pelo próprio prato.
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