A Prefeitura de Araçatuba, através do CRT-DST/AIDS – Programa Estadual IST-Aids-SP, recebeu no dia 13 de novembro, o Prêmio Luiza Matida, por alcançar indicadores de boas práticas para evitar a transmissão vertical do HIV, no período de 2022 e 2023.
Araçatuba ficou entre os 59 municípios que receberam premiação, dos 645 municípios do Estado de São Paulo. Esta foi a 6ª edição do “Prêmio Luiza Matida”, realizada no Espaço Hakka, na rua São Joaquim, 460, Liberdade, São Paulo -SP. A coordenadora do SAE, Aurineide Pessoa Antunes, foi receber esta premiação para Município de Araçatuba.
A Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis Congênita é a forma de transmissão que ocorre da mãe para o filho durante a gestação, parto e, no caso do HIV, durante toda amamentação. A Sífilis Congênita é uma condição grave que pode causar má-formação do feto, cegueira, surdez, problemas neurológicos, aborto ou morte ao nascer.
O diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento da gestante minimizam e/ou eliminam o risco de a criança nascer com a infecção, em ambos os casos.
No município, todas as gestantes são testadas no início da gestação, no segundo e no terceiro trimestres, através do pré-natal, realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Quando detectada, a infecção são tratadas com medicação específica e realizam-se exames laboratoriais mensalmente. Todos os casos são notificados à Vigilância Epidemiológica do Serviço Ambulatorial Especializado em IST/HIV e Hepatites Virais, que também realiza o acompanhamento destas gestantes.
“O prêmio reflete o esforço e dedicação das equipes de saúde do município, em evitar a Transmissão Vertical do HIV, mas contamos com a colaboração de todos da rede de saúde, para continuarmos na busca da eliminação da Transmissão Vertical do HIV e Sífilis Congênita”, valoriza Paula Roberta Pedruci, diretora do Departamento de Atenção Especializada.
O Prêmio é idealizado pelo Programa Estadual DST/Aids-SP, que homenageia a médica pediatra e sanitarista Luiza Harunari Matida, falecida em 2014. Ela foi uma das responsáveis pela elaboração das políticas e ações de controle da sífilis no estado de São Paulo e trabalhou por 20 anos no Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP da Secretaria de Estado da Saúde. A redução dos casos e a organização das ações de controle da sífilis no estado de São Paulo nos últimos anos deve-se, em grande parte, ao seu árduo e incansável trabalho.
Vale ressaltar que a Sífilis e o HIV são infecções sexualmente transmissíveis, que podem ser prevenidas com o uso correto do preservativo externo ou interno (camisinhas), e estão disponíveis em toda a rede de saúde (SAE, PSM, CES, CAPS e UBS). Qualquer pessoa pode retirar, sem necessidade de identificação, sendo liberado conforme a necessidade de cada indivíduo.