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31% dos bares e restaurantes da região operam no vermelho

Queda no número de vendas e clientes, além dos custos de alimentos e bebidas, impulsionaram dívidas de bares e restaurantes de Campinas

13/04/2024 às 22h34
Por: Redaçao
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31% dos bares e restaurantes da região operam no vermelho

Proprietários de bares e restaurantes da RMC (Região Metropolitana de Campinas) iniciaram 2024 com um desafio: manter o negócio e lidar com as dívidas. De acordo com a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), 31% dos estabelecimentos operaram em fevereiro no vermelho. Em contrapartida, 35% tiveram lucro, enquanto que 34% trabalharam em equilíbrio.

A pesquisa da Abrasel apontou que três fatores foram responsáveis pelo desempenho negativo das empresas, sendo: 75% registraram queda nas vendas do mês; 75% registraram redução no número de clientes; 44% tiveram dificuldades com os custos de alimentos e bebidas.

Além disso, 26% das empresas da RMC têm dívidas em atraso. Entre estas, 79% devem impostos federais; 39% devem impostos estaduais; 31% têm empréstimos bancários; 31% devem encargos trabalhistas; 23% devem serviços de água, luz, gás ou telefone; 31% devem fornecedores; 8% devem taxas municipais; 15% devem aluguel; e 15% devem fornecedores de equipamentos e serviços.

De acordo com Mateus Mason, presidente da Abrasel Campinas, enquanto operam com dívidas, os restaurantes e bares ainda têm dificuldades no reajuste de preços. Afinal, somente 29% reajustaram o cardápio, sendo 61% conforme ou abaixo da inflação e apenas 10% reajustaram acima do índice.

“Observou-se uma diminuição nas vendas em janeiro, seguida de uma pequena melhora em fevereiro devido ao carnaval, embora essa melhoria não tenha sido suficiente para ser considerada uma recuperação pelos proprietários dos estabelecimentos. Além disso, enfrentamos o desafio de reajustar os preços dos nossos menus para compensar as perdas anteriores”, explicou.

Diante da dificuldade, a Abrasel informou que contratou um plano para resgatar o setor na RMC. “Contratamos um estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas), que vai se aprofundar nas causas das dificuldades que o setor vem enfrentando, já propondo caminhos e medidas que podem ser tomadas para resolvê-las de vez. Esperamos poder apresentar estas propostas o mais breve possível às autoridades e à sociedade. Só com o trabalho em conjunto podemos retomar os trilhos", completou.

 

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