As exportações do agronegócio paulista aumentaram 12,8% no acumulado de janeiro a maio, alcançando US$ 11,76 bilhões, enquanto as importações cresceram 7,3%, totalizando US$ 2,34 bilhões. Este cenário resultou em um superávit na balança comercial do agronegócio paulista, atingindo US$ 9,42 bilhões, aumento de 14,2% em relação ao mesmo período de 2023.
O levantamento realizado pelo coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Carlos Nabil Ghobril, e os pesquisadores José Alberto Ângelo e Marli Dias Mascarenhas Oliveira, do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, aponta que a participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado foi de 42,5%, enquanto a participação das importações setoriais foi de 7,8%.
Porém, ao se analisar os resultados obtidos no mês de maio de 2024 em comparação com maio de 2023, observa-se que os valores das exportações do agronegócio paulista recuaram 10,2%. A queda no mês de maio deve-se principalmente à diminuição das exportações de soja em grão (-58% em valor e -51% em volume) e açúcar (-15% em valor e -12% em volume).
Por outro lado, houve aumentos significativos nos valores das exportações de suco de laranja (25%) e café verde (79%). Essa combinação de variações resultou em um recuo de 13,5% no superávit da balança comercial do agronegócio em maio de 2024 em relação ao mesmo mês do ano anterior. Ainda assim, no acumulado de janeiro a maio de 2024, o saldo da balança comercial do agronegócio paulista permanece positivo (+14,2%).
Apesar desses desafios, o setor agropecuário paulista conseguiu manter um saldo positivo e teve ainda importante papel na mitigação do déficit comercial do estado já que, ao englobar todos os setores da economia paulista, as exportações totalizaram US$ 27,66 bilhões, representando 19,9% do total nacional, enquanto as importações alcançaram US$ 29,97 bilhões, correspondendo a 29,1% do total nacional. Esses números resultaram em um déficit comercial de US$ 2,31 bilhões para o estado.
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Comparativamente ao mesmo período de 2023, as exportações de todos os setores da economia paulista registraram um leve aumento de 0,2%, enquanto as importações diminuíram 0,8%. Essa dinâmica resultou em uma redução do déficit comercial em 11,8% no saldo da balança comercial paulista nos cinco primeiros meses do ano de 2024.
“O agro de São Paulo mais uma vez mostra sua força, impulsionado pelos setores sucroalcooleiro e cafeeiro. A cana e o café são a força motriz dos campos paulistas e a expertise dessas duas cadeias produtivas tem contribuído fortemente para a economia agrícola do estado. Estamos apostando em políticas públicas assertivas para que os números sejam ainda melhores nos próximos meses”, afirma Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
De acordo com informações do período de janeiro a maio de 2024, os principais grupos nas exportações do agronegócio paulista foram:
Esses seis grupos representaram conjuntamente 82,1% das vendas externas setoriais paulistas, evidenciando a relevância e diversificação do agronegócio paulista no mercado nacional e internacional.
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Além disso, na comparação com o mesmo período de 2023, observaram-se importantes variações nos valores exportados dos principais grupos de produtos do agronegócio paulista. Sobressaem-se aumentos significativos nos grupos complexo sucroalcooleiro (+55,5%), do café (+27,6%), dos sucos (+14,3%), florestais (+12,8%) e de carnes (3,8%); e queda no grupo complexo soja (-43,1%). Essas variações refletem as oscilações tanto de preços como de volumes exportados, indicando a dinâmica do mercado internacional.
No agronegócio, as exportações de São Paulo nos cinco primeiros meses de 2024 representaram 17,5% do total nacional, registrando um aumento de 2,0 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano anterior. Por outro lado, as importações apresentaram uma queda de 1,4 pontos percentuais, fechando em 29,4%.
Entre os estados, São Paulo figura como o segundo maior estado exportador em valores, com uma participação de 17,5%, ficando atrás apenas de Mato Grosso (19,1%). O estado do Paraná ocupa o terceiro lugar, com 11,3%, seguido por Minas Gerais (9,9%) e Rio Grande do Sul (7,7%). Em conjunto, esses cinco estados respondem por 65,5% das exportações totais do agronegócio brasileiro de janeiro a maio de 2024.
A participação dos grupos do agronegócio paulista no contexto nacional até maio de 2024 mostra-se nos seguintes segmentos, nos quais a participação em valores supera 50% do total nacional: sucos (85,1%), produtos alimentícios diversos (73,1%), demais produtos de origem vegetal (64,6%) e complexo sucroalcooleiro (57,6%).
O Brasil continua a manter sua posição de relevância no comércio internacional. De janeiro a maio de 2024, o país registrou um superávit de US$35,89 bilhões, com exportações totalizando US$138,81 bilhões e importações atingindo US$102,92 bilhões. Esse resultado representa um aumento de 3,9% no saldo da balança em comparação com o mesmo período de 2023, quando o superávit foi de US$34,54 bilhões.
No âmbito do agronegócio, as exportações brasileiras apresentaram uma leve redução de -0,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando o valor de US$67,17 bilhões, que representam 48,4% do total nacional. Em contrapartida, as importações aumentaram em 12,4%, totalizando US$7,95 bilhões, refletindo 7,7% do total nacional.
Apesar disso, o saldo da balança comercial do agronegócio registrou um superávit de US$59,22 bilhões no acumulado até maio de 2024, queda de 1,6% em comparação com o mesmo período de 2023.
Esses números mostram a importância do desempenho do agronegócio para a economia brasileira. Enquanto os demais setores da economia registraram déficit de US$23,33 bilhões, com exportações de US$71,64 bilhões e importações de US$94,97 bilhões nos primeiros cinco meses de 2024, o superávit do agronegócio foi fundamental para equilibrar a balança comercial do país.
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