Os móveis que foram originalmente do Plenário do Palácio Monroe, sede do Senado entre 1925 e 1960, no Rio de Janeiro, estão passando por uma restauração completa, como parte das iniciativas de comemoração dos 200 anos do Senado. Com a demolição do palácio em 1976, o mobiliário foi enviado a Brasília e passou a integrar o patrimônio do Senado na capital, exposto em frente ao maior auditório da Casa. Hoje, as peças históricas, que ganharam o apelido de Plenarinho, fazem parte do acervo do Museu do Senado.
— O Plenarinho possui um valor histórico inestimável. É o maior conjunto mobiliário musealizado pelo Senado e uma verdadeira testemunha de como se desenvolveram os diferentes tipos e entendimentos do processo legislativo durante o século 20 — explica Mateus Menezes, museólogo responsável pela exposição Palácio Monroe: Um Legado de Democracia, que vai relembrar a antiga sede da Casa, que completaria 120 anos em 2024.
A coordenadora do Museu do Senado, Cristina Monteiro, adianta que, quando voltar a ser exibida, a mobília deve ser realocada com uma nova estrutura.
— Além da restauração do Plenarinho, há a remodelação da exposição, incluindo um novo projeto luminotécnico — conta.
Durante os 51 anos em que ocupou o Palácio Monroe, o Senado funcionou de fato no local por apenas 29 anos. Apesar dos períodos de recessão vividos naquela época, a atuação legislativa foi crucial para a elaboração e aprovação de importantes pautas para a sociedade, como a conquista do voto feminino, as primeiras leis de proteção à criança e ao adolescente, além das leis trabalhistas.
O Plenarinho e outras peças do acervo do Senado podem ser visitadas gratuitamente nos dias úteis (exceto terças e quartas-feiras), nos fins de semana e feriados, das 9h às 17h.
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