Policiais da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas (SP) prenderam três suspeitos em uma operação deflagrada nesta terça-feira (30) contra uma quadrilha de roubo de cargas. Segundo os investigadores, o grupo agia na Rodovia Anhanguera (SP-330), entre a metrópole e Jundiaí (SP).
De acordo com o delegado Elton Costa, todos os presos são de Jundiaí – um quarto suspeito chegou a ser levado até a delegacia, mas foi liberado. Além da cidade, mandados foram cumpridos também em Ferraz de Vasconcelos (SP).
Como o grupo foi identificado? À EPTV, afiliada da TV Globo, Costa detalhou que a investigação teve início após o roubo de uma carga de eletrônicos, principalmente celulares, em 26 de abril deste ano.
“Nós conseguimos identificar os telefones que foram roubados e identificar as pessoas que estavam com eles. […] Com base nisso, fomos chegando e dando conta da investigação dos vínculos de compra e venda e conseguimos chegar nos autores”, afirmou.
Quem são os alvos? A investigação levou a Polícia Civil a pedir a prisão temporária de seis pessoas. “Conseguimos, efetivamente, encontrar as pessoas vinculadas a esse crime, principalmente dois deles que tinham uma vinculação muito próxima e que trouxeram muitos elementos à investigação”, informou o delegado.
Um dos presos, apontado como o líder da quadrilha, detalhou aos policiais civis o papel de cada um dos envolvidos nos crimes. Com essas informações, os investigadores esperam esclarecer outros roubos de carga na região.
E quem vendia a mercadoria? Além dos suspeitos presos nesta terça-feira, a Polícia Civil também identificou anteriormente pelo menos duas situações de receptação qualificada – ou seja, pessoas que recebiam e revendiam os eletrônicos roubados.
Ainda de acordo com o delegado, aparelhos roubados na rodovia foram encontrados em São Pedro (SP) e também na capital paulista, em um shopping “de grande circulação” na região da Rua 25 de Março.
“[Fica] o alerta à população para que tomem cuidado no momento que vão comprar um aparelho eletrônico, seja qual for ele, sempre tomar as cautelas de que se trata de um produto eletrônico que tem uma origem certa e determinada e não proveniente desse tipo de crime”, frisou.
Além dos comércios, os aparelhos roubados também eram vendidos pelos suspeitos pela internet, conforme apontou a investigação. “Ele [suspeito] fazia um anúncio de diversos aparelhos por meio de redes sociais e também tem um marketplace e coisas do tipo em que ele se encobria, tentava se esconder por meio de perfis falsos”.
Quais são os próximos passos? Segundo Costa, outras duas pessoas foram identificadas como participantes diretas dos crimes. Agora, a Polícia Civil deve pedir a prisão da dupla e estender a investigação.
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