Na madrugada do último domingo, a cidade de Matão-SP foi palco de uma cena chocante e perturbadora de feminicídio. Por volta das 4h15, a Polícia Militar foi acionada para responder a uma ocorrência em um edifício na área central da cidade, onde um casal de comerciantes, proprietários de um estabelecimento na movimentada Avenida Padre Nelson, teve suas vidas brutalmente interrompidas.
O incidente despertou moradores do prédio na Rua Prudente de Moraes, que foram surpreendidos por volta das 4h10 com um estrondo ensurdecedor. Ao investigarem a origem do barulho, depararam-se com o corpo de José Eduardo Batista Filho, de 38 anos, já sem vida, caído no saguão após, aparentemente, despencar do décimo andar do edifício.
A cena se tornou ainda mais macabra quando as autoridades policiais, lideradas pelo sargento Afonso, adentraram ao apartamento do casal e descobriram o corpo de Shirley Vanessa Emilio Baldassa, de 43 anos, sua esposa, vítima de múltiplas perfurações de faca, encontrada caída sobre a cama.
A comoção e o horror tomaram conta da comunidade diante dessa tragédia avassaladora e inexplicável. Toda a área foi isolada e o Delegado de plantão foi chamado para iniciar as investigações na Delegacia do Município. A Polícia Científica também foi acionada para realizar a perícia necessária.
O casal, que aparentemente desfrutava de uma vida confortável e harmoniosa, era visto como integrante ativo e querido na comunidade local. Não havia relatos de conflitos públicos entre os dois, pelo contrário, eram frequentemente vistos juntos, trabalhando em seu estabelecimento comercial. Essa aparente normalidade apenas intensificou o choque e a incredulidade entre aqueles que conheciam José Eduardo e Vanessa.
O feminicídio, mais uma vez, desperta questões cruciais sobre a segurança das mulheres em nossa sociedade e a urgência de medidas eficazes para prevenir e punir esse tipo de crime. Até quando seremos confrontados com casos tão desoladores como este? O aumento alarmante nos números de feminicídios em todo o Brasil exige uma resposta urgente e eficaz das autoridades e da sociedade como um todo.
O trágico desfecho da vida de José Eduardo e Vanessa não apenas deixa um vazio irreparável em suas famílias e na comunidade, mas também nos confronta com a dolorosa realidade da violência de gênero, que persiste e ceifa vidas de forma implacável. Que este caso sirva como um alerta contundente para a necessidade de se combater, com veemência, todas as formas de violência contra as mulheres, garantindo-lhes o direito fundamental à vida e à segurança.
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