Uma família está enfrentando uma dor indescritível após a perda trágica de Gabriely Gonçalves da Costa, de apenas 22 anos, que faleceu horas após dar à luz em um hospital particular em São Roque, interior de São Paulo. O caso, marcado pela suspeita de negligência médica, tem gerado comoção e levantado importantes questionamentos sobre a segurança e a qualidade dos cuidados obstétricos em instituições de saúde.
De acordo com informações obtidas junto ao boletim de ocorrência, Gabriely foi admitida no hospital na manhã de domingo para dar à luz seu bebê. Após passar por um procedimento de indução do parto, a jovem, segundo relatos da família, teria sido deixada sem assistência médica após exames iniciais, enquanto os profissionais responsáveis pelo seu cuidado se ausentaram para almoçar.
O drama se agravou quando Gabriely começou a apresentar sinais de complicações, incluindo sangramentos excessivos, e buscou ajuda junto à equipe de enfermagem. Entretanto, a demora no atendimento à sua solicitação, conforme denunciado pela família, teria contribuído para o agravamento da situação.
Os relatos indicam que, embora quatro médicos tenham se alternado para atender Gabriely, suas preocupações em relação aos sangramentos foram repetidamente minimizadas, sendo considerados normais após o parto, de acordo com os profissionais. No entanto, a situação da paciente se deteriorou rapidamente, culminando na decisão de levá-la para o centro cirúrgico para realizar uma curetagem.
Após o procedimento, a família recebeu a devastadora notícia de que Gabriely havia falecido. A suspeita de negligência médica é reforçada pelas alegações de que a jovem teria tido o útero perfurado durante a intervenção cirúrgica.
"Minha menina deu entrada perfeita no hospital, ela estava bem. A gente sabe que foi negligência médica. Ela entrou para ter a filha e saiu morta", lamentou Maria Conceição Gonçalves, mãe de Gabriely, em um emocionado depoimento.
A tristeza e a revolta da família se intensificam diante da incerteza em relação ao estado de saúde do bebê, que, segundo os relatos, enfrentou complicações durante o parto e precisou ser encaminhado para a UTI neonatal, onde permanece entubado.
Diante da gravidade dos acontecimentos, a Unimed São Roque, responsável pelo hospital onde ocorreu o trágico episódio, emitiu uma nota lamentando a morte de Gabriely e anunciando a abertura de uma sindicância para investigar o caso. A instituição se comprometeu a tomar as medidas cabíveis após a conclusão das investigações.
Enquanto isso, o corpo de Gabriely foi submetido a exames no Instituto Médico Legal de Sorocaba, com a expectativa de que o laudo com a causa da morte seja divulgado em até 30 dias. Seu sepultamento ocorreu na última terça-feira, deixando um vazio irreparável na vida de seus entes queridos.
Neste momento de profunda tristeza e indignação, a família de Gabriely clama por justiça e por respostas sobre as circunstâncias que levaram à perda precoce de uma vida tão cheia de sonhos e expectativas. Enquanto isso, a sociedade como um todo é instada a refletir sobre a importância da garantia de cuidados médicos adequados e seguros durante o período gestacional e o parto, visando evitar tragédias como esta no futuro.
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