Uma funcionária da Câmara de Vereadores de Salto prestou queixa à polícia na última quinta-feira (28) contra o vice-presidente da Casa, Daniel Bertani (Podemos), acusando-o de assédio sexual. No boletim de ocorrência, ela solicitou uma medida protetiva contra o parlamentar. Bertani refutou as acusações, afirmando que se tratava de uma manobra política do presidente da Casa, devido a desavenças durante as sessões. A funcionária é assessora do presidente Edival Pereira Rosa (União Brasil), conhecido como Preto, que ainda não se pronunciou sobre o caso.
A denúncia inclui um vídeo onde a funcionária é vista em um corredor de acesso ao plenário da Câmara e o vereador passa roçando suas nádegas nas partes íntimas dela. O incidente ocorreu no dia 5 deste mês, mas só foi reportado 23 dias depois. O PRIMEIRAFEIRA tentou contatar a funcionária e sua advogada, porém não recebeu resposta até o fechamento desta edição.
Em uma declaração, Daniel Bertani atribuiu o incidente à falta de espaço na arquitetura do prédio. Ele pediu desculpas pela situação, explicando que devido à urgência do plenário, precisou passar rapidamente pelo corredor.
No boletim de ocorrência, a funcionária relatou que o vereador vinha tendo comportamentos inadequados há algum tempo, incluindo toques nos ombros, braços e costas. Além disso, ela solicitou uma medida protetiva que impediria o vereador de frequentar o espaço da Câmara durante as sessões.
Bertani questionou a demora na denúncia, sugerindo possíveis motivações políticas por trás dela. Ele afirmou que o registro ocorreu na véspera de um feriado, relatando eventos que aconteceram há mais de 20 dias. Ele levantou a possibilidade de precipitação e desmerecimento da mulher e suas lutas ao tornar o caso público dessa maneira. Além disso, ele acusou o presidente da Câmara de tentar silenciá-lo devido a discordâncias sobre projetos.
Mín. 16° Máx. 28°