Na última semana, uma situação alarmante levou os guardas municipais a se unirem ao Conselho Tutelar para investigar uma possível rede de tráfico de crianças. O caso teve início em um bar localizado na rua Ademar de Barros, onde uma Conselheira Tutelar relatou suas preocupações.
Segundo a conselheira tutelar, havia indícios preocupantes de que crianças estavam sendo negociadas no local. A situação ficou ainda mais grave quando a pessoa que levou uma das crianças ao hospital desapareceu.
Durante a investigação, uma adolescente foi encontrada no bar na companhia de uma criança. A adolescente afirmou que a mãe da criança a havia deixado com ela para se encontrar com um desconhecido.
As autoridades foram até a praça Prudente de Moraes, onde a avó da criança supostamente estava, mas ela se recusou a prestar esclarecimentos na delegacia.
Diante da gravidade da situação, todos os envolvidos foram detidos e levados à delegacia para as devidas investigações. O Conselho Tutelar decidiu acolher as crianças para garantir sua segurança.
Paralelamente, o Hospital Augusto Oliveira Camargo relatou a entrada de uma criança sem acompanhante, cuja identidade era desconhecida. Esta criança foi encaminhada do mesmo bar onde ocorria a suspeita de tráfico.
Nesse ínterim, uma pessoa que se identificou como pai da criança. tentou retirá-la do hospital, mas não apresentou documentação que corroborasse sua identidade ou relação parental. Dada a ausência de representantes legais da criança, a Conselheira Tutelar acompanhou o atendimento médico da criança, que apresentava indícios de abuso sexual e maus-tratos, conforme atestado pela equipe médica.
Durante o atendimento médico, foram identificados sinais alarmantes de possível abuso sexual e maus-tratos, incluindo dilatação anal e marcas na perna, possivelmente causadas por queimaduras de cigarro.
A comunicação com as partes envolvidas tem sido desafiadora, visto que pertencem a um grupo étnico específico são "ciganos" e se comunicam em dialeto. As crianças parecem ter dificuldades em expressar-se em português, o que complica ainda mais o processo de investigação.
O caso está sendo tratado como prioridade pela delegacia de defesa da mulher, visando à proteção das crianças e à punição dos responsáveis.
Por Jonny Barbosinha
Imagens arquivo pessoal
Mín. 16° Máx. 28°