Duas mulheres foram vítimas de feminicídio durante o domingo, 14 de abril, em Campinas. Os casos aconteceram nos jardins Bandeiras e do Trevo. Com isso, a RMC (Região Metropolitana de Campinas) chegou a oito mortes de mulheres em 2024.
De acordo com a Polícia Civil, um caminhoneiro de 39 anos, identificado como Jairo Ferreira Dos Santos Júnior, foi preso após matar enforcada a esposa Tatiane Aparecida Mendes Dias, de 35 anos. O caso aconteceu no bairro Jardim das Bandeiras, em Campinas, mas a prisão ocorreu em Carapicuíba, para onde ele havia fugido.
Santos estava em um bar durante a madrugada e a vítima foi até o local para buscar as chaves da casa. O caminhoneiro teria ficado no estabelecimento até as 2h e voltado para a casa. Em Carapicuíba, ele admitiu à Polícia Militar que matou a companheira.
Um segundo caso aconteceu na Rua São Luís do Paraitinga, no Jardim do Trevo, por volta das 14h de domingo. Um vigilante armado invadiu uma residência e matou uma jovem de 19 anos com disparos na cabeça.
De acordo com vizinhos, o homem já rondava a área há algumas semanas e tentou invadir a casa em outro momento, mas foi expulso por outros moradores.
Até o momento, a pistola e munições usadas no crime foram apreendidas, mas o homem não foi localizado.
Outros casos
Com os dois casos do fim de semana, Campinas e região chegaram a oito casos de feminicídio em 2024. A metrópole já soma três mortes, enquanto Sumaré e Americana registrada duas mortes, cada, além de uma outra em Holambra. Confira:
O primeiro feminicídio do ano em Campinas aconteceu na madrugada de 14 de janeiro. Janaína Aparecida Pires, de 29 anos, foi morta com pelo menos quatro tiros pelo marido em um posto de combustíveis na Avenida Ruy Rodrigues, no Jardim São Francisco. Mesmo três meses depois, o autor não foi preso.
No mesmo dia, em Holambra, Vanessa Rocha Teixeira, de 31 anos, foi encontrada sem roupas, com vários hematomas pelo corpo e manchas de sangue em um colchão, em sua casa no bairro Palmeiras. O suspeito do crime foi preso em São Paulo, no dia 29 de janeiro, após se entregar.
Ainda em janeiro, na madrugada de 29 de janeiro, Fernanda Tavares Barbosa, de 35 anos, foi morta pelo companheiro, após ser agredida com um vidro de perfume e socos no rosto e na cabeça. O crime aconteceu no Jardim Dulce, em Sumaré. O autor confessou o crime e foi preso no 1º Distrito Policial do município.
Em 8 de março, Marlene Mascarenhas Rodrigues, de 50 anos, foi morta pelo próprio filho em sua residência, no bairro Jaguari, em Americana. Dois dias depois, o autor foi preso no 1º Distrito Policial da cidade. A mulher já tinha medida protetiva contra o filho.
Em 17 de março, também em Americana, um gerente de posto de combustíveis, de 47 anos, foi preso por matar Mônica Matias de Paula, de 33 anos. A mulher estava desaparecida desde 4 de março. Segundo a Polícia Civil, Hélio Leonardo Neto alegou que a vítima ameaçou contar à sua esposa que eles se relacionavam sexualmente.
Por fim, em 6 de abril, Gislaine Aparecida de Almeida, de 46 anos, foi morta a facadas pelo companheiro em sua residência, em Sumaré, por volta das 10h. Inicialmente, o homem negou o crime, mas depois confessou e foi preso no 3º Distrito Policial de Sumaré.
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