Esta quinta-feira, 18 de abril, foi escolhida como o Dia Nacional do Livro Infantil por ser a data do nascimento de Monteiro Lobato, considerado o pai da literatura infantil brasileira. A homenagem foi oficializada a partir da Lei Federal nº 10.402, de 8 de janeiro de 2002.
Mas, independentemente do calendário, a Secretaria Municipal de Educação (SME) vem estimulando o hábito da leitura entre os pequenos há bastante tempo por meio de atividades pedagógicas desenvolvidas por coordenadores e professores da rede.
O tema continua sendo um dos principais desafios da Educação, que tem investido bastante não só na compra de livros literários, mas sobretudo na formação dos professores em um trabalho que tem surtido bons resultados como mostram os exemplos do 4º Seminário de Boas Práticas realizado em outubro no ano passado.
Na EM Beatriz de Carvalho Seixas, a professora Thatiane do Nascimento Castro de Oliveira, sob a supervisão da coordenadora pedagógica Gislaine Roberta Inocêncio Teixeira, desenvolveu duas atividades – “O Protagonismo dos Bebês nas Práticas Literárias” e “Mini História: Visibilidade das Aprendizagens” - onde o contato com os livros infantis faz parte da rotina permanente da turma do berçário.
Inclusive, por conta dessas inciativas, a professora Thatiane do Nascimento participou do III Congresso Nacional da Primeira Infância – pelo Direito à Educação Integral na Perspectiva da Formação Humana, promovido agora, no início de abril, pela UNESP - campus de Presidente Prudente.
Na atividade, os livros literários ficam disponíveis para que os bebês possam manipular e explorar de acordo com suas iniciativas e interesses, oferecendo a eles uma ampliação de repertórios, possibilitando descobertas, comparações e trocas extremamente ricas entre os pares. Além de despertar o prazer pelas possibilidades que os livros oferecem, o trabalho colabora de forma intrínseca para a formação de bons leitores.
Os livros fornecidos pela SME ampliaram o acervo com opções que favorecem a diversidade nas experiências. Com os estudos disparados na formação continuada, o acervo foi aprimorado e as escolhas ficaram ainda mais criteriosas quanto à qualidade do projeto gráfico, texto e ilustrações.
Além da liberdade de acesso, as histórias chegam às crianças por meio de leituras e contações feitas pelas próprias professoras de forma individual, em pequenos e grandes grupos. Esses momentos são ofertados aos bebês periodicamente, por meio de convites propostos nos quais a professora faz mudanças no tom da voz, cria um suspense ou lança perguntas para despertar a curiosidade do grupo.
Na EM Prof. Odair Aluízio Tortorello, a coordenadora pedagógica Camila Fernanda Barbosa de Lima e a professora Marilaine Lopes Barboza desenvolveram a prática pedagógica “Literatura no Berçário II: Promovendo uma Educação Voltada à Diversidade Étnico-racial”.
O trabalho busca dialogar com o conhecimento adquirido na formação e o projeto institucional “Somos Diversos”, que visa a corroborar a implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08, por meio de propostas e experiências com as crianças do berçário II e livros que abordam as relações étnico-raciais, promovendo uma educação antirracista.
Nesse sentindo, as propostas oportunizaram às crianças o acesso a livros de qualidade com narrativas e ilustrações que valorizam os negros e os povos indígenas, sem estereótipos racistas, apresentando-os de maneira positiva, o que impacta na construção identitária das crianças negras e não negras, na sua autoestima, levando-as a valorizarem seu grupo étnico e a respeitar a diversidade humana.
Na unidade escolar Graciliano Ramos, a prática desenvolvida foi “A Leitura de Colo: o Olhar para o Individual dentro do Coletivo”, cujas responsáveis são as professoras Mariza Roque Silva Candil e Gisela Lara Distasi, com apoio do coordenador pedagógico Éder Ralha de Castro Rosa.
Com o passar do tempo, foi observado que a leitura de colo oportunizou aos bebês segurança, estabilidade, previsibilidade e sobretudo uma relação sólida e afetuosa entre a professora e a criança.
A leitura de colo possibilita o contato pelo olhar, sorrisos, contato físico, imitação, comunicação verbal, início do contato pelos gestos e movimentos, uma vez que é possível acompanhar a história com os olhos, passar os dedos nas ilustrações, compreender os movimentos necessários para virar as páginas, pegar o livro e explorá-lo à sua maneira.
A leitura de colo, além de valorizar a comunicação e potencializar o desenvolvimento infantil, oportuniza para cada bebê a possibilidade de ter um adulto que o acolha de forma afetuosa e singular. Nesse sentido, a criança passará a sentir prazer pela leitura, pois esses momentos foram arraigados de afeto.
No ano passado, a Secretaria Municipal de Educação (SME) realizou o maior investimento já feito para o acervo literário. Foram investidos R$ 876.092,20, sendo R$ 239.697,00 em livros para o ensino fundamental, e R$ 636.395,20 para educação infantil.
Foram entregues 7.900 livros para o acervo literário dos alunos do ensino fundamental. O acervo é formado por 67 títulos distribuídos para as 44 escolas de ensino fundamental, sendo 29 títulos para os anos iniciais (1º a 5º ano) e 38 títulos para os anos finais (7º a 9º ano).
Também foram entregues 21 mil livros ilustrativos para 108 escolas infantis da rede. Foram apresentados 76 títulos que as escolas, inclusive as parceiras, receberam para compor as bibliotecas. O acervo foi selecionado exclusivamente para bebês e crianças de 0 a 5 anos, desde o berçário até a Etapa 2 com diversidade de assuntos e destaque para temas étnico-raciais.
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