Escolas municipais comemoram o Dia dos Povos Indígenas

Nesta sexta-feira, 19 de abril, é comemorado o Dia dos Povos Indígenas, data de grande importância porque celebra a diversidade cultural dos povos indígenas no Brasil, além de contribuir para a preservação da cultura e da história desses povos.

Um momento de reflexão sobre a luta contra o preconceito e uma oportunidade para refletir sobre os esforços necessários para defender os povos originários e garantir seus direitos no País. Os indígenas são os moradores mais antigos, que já estavam aqui antes mesmos dos portugueses chegarem, no ano de 1500. Na região de Rio Preto, por exemplo, viviam os índios Guaranis e ainda nos dias de hoje, há tribos que mantêm seus costumes e devem ser protegidas.

A data, 19 de abril, foi criada para celebrar a diversidade da cultura indígena no Brasil e educadores ressaltam a importância de tratar o assunto ao longo de todo o ano, como explica a assessora da Secretaria, Rosycarmem Pontes Gestal Alvares. “O tema transcende uma data específica. Há que se pensar em experiências que dialoguem com a cultura dos povos indígenas que contemplem modos, costumes, diversidade linguística etc., e que vão além das comemorações e dos estereótipos”, diz ela.

Nesta semana, escolas municipais como Maria Emmelina Roquete Verdi, Jandira Caetano Ribeiro, Prof. Daud Jorge Simão e Profa. Lydia Sanfelice desenvolveram várias atividades pedagógicas. Na unidade Maria Emmelina Roquete Verdi foram elaboradas propostas em conjunto com os alunos, como informa a diretora Mônica Fernanda Salles. Foi realizada exposição sobre elementos da cultura indígena de utensílios, artesanatos e peças como cachimbo, marakás e zarabatana do povo Kalapalo, lanças e arco e flecha do povo Kariri Xoco.

“Na quinta-feira, nós fizemos uma apresentação, uma peça de teatro sobre a história do milho e a história da mandioca. Também criamos um painel com as informações sobre os povos originários e no final, além da exposição, teve uma degustação para os alunos de milho cozido e mandioca cozida”, explica a diretora.  

Já a escola municipal Jandira Caetano Ribeiro as propostas pedagógicas envolveram a culinária dos povos indígenas, como o uso da mandioca, exploração com tintas naturais que são extraídas de plantas, apresentação e degustação de alimentos como milho e batata doce, apresentação de instrumentos musicais e brincadeiras dos povos indígenas.

“Falamos um pouco da cultura, costumes, culinária, alguns professores trouxeram instrumentos musicais para as turmas conhecerem, outros fizeram uma exposição no palco para que as crianças, professores e demais funcionários pudessem apreciar e saber que antigamente os povos originários já os cultivavam. As turmas puderam degustar o milho cozido, a batata doce e ajudaram a debulhar o milho a ser cozido. As crianças tiveram experiências significativas”, diz a coordenadora pedagógica Elen Thaís de Oliveira.

Segundo a professora Flávia Barbosa, na escola Prof. Daud Jorge Simão os alunos do primeiro ano do período da tarde trabalharam a data durante toda a semana. Os estudantes realizaram uma imersão por meio de pesquisa nos saberes dos povos originários.  Foram realizadas rodas de conversa, leitura de história e lendas, apresentados vídeos educativos, pintura, brincadeiras indígenas, música e os estudantes descobriram palavras originárias do Tupi-guarani que são utilizadas no nosso cotidiano.

“Ao mostrar para os alunos um pouco dos costumes e tradições, buscamos passar a mensagem de que devemos valorizar, respeitar e reconhecer todo o valor e a riqueza que existe na diversidade destes povos e a importância deles na preservação da nossa fauna e flora”, diz a professora Flávia Barbosa.

Na escola municipal Profa. Lydia Sanfelice a coordenadora pedagógica Andrea de Oliveira Rocha Silva informou que as professoras do 4º e 5º ano do período vespertino se envolveram no trabalho que contou com exposição e uma série de atividades.  “Aqui em nossa escola percebemos a preocupação dos estudantes em relação à preservação de nossa cultura, nossa história; falar dos povos indígenas é falar de cada um de nós, filhos desta terra”, diz a coordenadora Andrea de Oliveira Rocha Silva.