Em comemoração aos seus dez anos, o Coletivo Labirinto, de São Paulo/SP, apresenta o espetáculo teatral “Mirar: Quando os olhos se levantam”, que chega a Rio Preto neste próximo fim de semana, dias 4 e 5/5, sábado e domingo, com sessões gratuitas no Teatro Municipal Nelson Castro. A classificação indicativa é 14 anos, a sessão do sábado, 4/5 será às 20h30 e a de domingo,5/5, às 17h30. Os ingressos serão distribuídos no local, meia hora antes do início do espetáculo.
O que pulsa a América Latina? É sobre esta pergunta que o Coletivo Labirinto se debruçou durante o processo de criação do seu mais recente espetáculo, buscando rotas cênicas no sentido da discussão, da reelaboração, da luta e do sentido da presença em nosso continente. Depois de uma série de trabalhos teatrais em que levou à cena textos elaborados no além das fronteiras brasileiras – passando por dramaturgias de Argentina, Uruguai e Chile, por exemplo - o Labirinto aborda em “Mirar...” tentativas de se (auto) reconhecer nas palavras, limites, histórias, dores, cores e sabores deste corpo e chão comuns, que são nosso continente.
Durante o primeiro semestre de 2024, a peça faz uma circulação por cidades do interior de São Paulo, graças ao projeto aprovado no Edital ProaC 02/2023. Também faz parte do projeto o oferecimento da oficina intitulada “Mirando um teatro político: a América Latina como caminho” nas cidades de São José do Rio Preto, Tatuí e São Paulo, ministrado pelos integrantes do Coletivo Labirinto, de forma presencial. A participação no workshop é gratuita, aberta ao público interessado, e as informações de inscrição podem ser obtidas no perfil no Coletivo Labirinto no Instagram (@coletivo.labirinto) ou no local em que a peça será apresentada. O espetáculo teatral “Mirar: Quando os olhos se levantam”, tem texto e direção de Jé Oliveira e o elenco é formado pelos artistas-criadores Abel Xavier, Carol Vidotti, Emilene Gutierrez e Lua Bernardo (musicista).
Desde sua fundação em 2013, o Coletivo Labirinto tem como pesquisa o olhar para as relações das pessoas com o seu panorama social através da dramaturgia latino-americana contemporânea. Neste trabalho a noção de sujeito e dramaturgia se volta para nós mesmos, brasileiras e brasileiros ensaiando uma viagem e uma investigação sobre o que é ser latino-americano. Apostando no tenso limiar entre a necessidade da denúncia e a carência do anúncio, o teatro é, mais do que nunca, um lugar de onde se mira.
O Coletivo Labirinto (Abel Xavier, Carol Vidotti, Emilene Gutierrez e Wallyson Mota), que em 2023 comemorou 10 anos de existência, dedica-se à pesquisa e criação cênica. Surgido no ano das emblemáticas manifestações políticas pelo preço do transporte público (e que logo em seguida se pasteurizam em reivindicações genéricas e pouco objetivas), acompanhou a transformação dos processos sociais no Brasil e testemunhou o avanço das pautas neoliberais e a discussão um tanto incerta sobre os rumos políticos do país.
O grupo pôde, com isso, perceber semelhanças entre essa trajetória e a de seus países vizinhos – com disputas políticas igualmente polarizadas, avanço de medidas econômicas similares e o crescimento de um pensamento conservador também assentado na moral. Dessas observações e vivências - no cotidiano e nas suas ações criativas -, conseguiu amadurecer a necessidade de entender-se como brasileiro e latino-americano, não uma coisa pela outra.
Duração:75 minClassificação:14 anosTeatro Municipal Nelson CastroDias:4/5 (sábado) às 20h30 e 5/5 (domingo) às 17hEndereço:Av. Feliciano Sales Cunha, 1020 – Jd. Novo Aeroporto – CEP 15035-000 – São José do Rio Preto – SPGratuito
Casa de Cultura Dinorath do Valle Dia 4/5 (sábado) Das 10h às 13hEndereço: Rua Roberto Simonsen, nº 120, Chácara Municipal, Cep. 15090-000 – São José do Rio Preto - SPGratuitoMais informações em: www.coletivolabirinto.com.br @coletivo.labirintoAssessoria de imprensa do espetáculo: Wallyson Motta- (11) 97198-5652Imagens do espetáculo em alta resolução: https://drive.google.com/drive/folders/1KoXmZPEdjBWolwnhOaToVcP53Na3ATM2?usp=sharing
Fotos:Colaboração/Mayra Azzi
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