O senador Confúcio Moura (MDB-RO), em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (6), destacou a situação de calamidade enfrentada pelo Rio Grande do Sul devido às intensas chuvas que assolam o estado. O senador chamou a atenção para o aumento da frequência de eventos climáticos extremos nos últimos anos e para a gravidade dessas ocorrências. Ele enfatizou a necessidade do apoio do governo e da implementação de medidas concretas para a reconstrução das áreas atingidas e a proteção da população contra futuros desastres naturais.
— Ao que estamos assistindo no estado do Rio Grande do Sul é muito mais que uma enchente de um rio ou vários rios por chuvas habituais, mas por tempestades volumosas, persistentes, recorrentes; muito mais do que chuvas previsíveis, anunciadas todos os dias pelos noticiários de meteorologia. O que estamos percebendo é que o fenômeno é de extensão estadual, um volume de chuva muito acima da previsão, com inundações em mais de 300 cidades do estado. As cidades estão debaixo d'água, provocando mortes, elevado número de desabrigados, desalojados, prejuízos materiais de todas as formas, desespero, ficando as autoridades do estado em completo estado de impotência diante da dimensão da calamidade instalada — afirmou.
Confúcio ressaltou a necessidade de uma resposta rápida e eficaz do governo federal diante da dimensão da tragédia no Rio Grande do Sul. O senador apresentou uma série de sugestões para enfrentar a crise, como a suspensão do pagamento da dívida do estado com o Tesouro Nacional por cinco anos, criação de créditos extraordinários para obras de recuperação e prevenção de outros eventos climáticos e o estabelecimento de linhas de crédito especiais para empresas e pessoas afetadas pela enchente.
— Imaginem como devem estar os prefeitos, o governador do estado, Eduardo Leite, diante de um quadro tão devastador, sem poder socorrer todos os aflitos de uma maneira rápida e eficaz. Esse grito dos prefeitos e do governador do Estado [Eduardo Leite] não ficou restrito ao estado, as imagens são fortes, chocantes e comoventes. Quando falo genericamente Brasil, isso significa um chamamento de autoridades de todos os níveis, de pessoas físicas, jurídicas e do governo Federal para estarem ao lado do governador do estado do Rio Grande do Sul e do povo gaúcho, para ajudarem inicialmente nos quesitos das questões humanitárias: o de salvar vidas e o de socorrer os que estão desabrigados. Como disse o próprio governador: “Estamos em estado de guerra”! A luta é contra as consequências de um desastre natural, chuvas demais — lamentou.
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