O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) de São José do Rio Preto promove roda de conversa com o tema “Trabalho Invisível das Mães”, no dia 27 de maio, segunda-feira, a partir das 19h, na Casa de Cultura Dinorath do Valle. O objetivo do evento é chamar a atenção para a sobrecarga da mulher, que geralmente precisa aliar jornadas duplas ou até triplas de trabalho, diariamente, dentro e fora de casa. A ação acontece dentro do Maio Furta-cor, mês dedicado a sensibilizar a população para a causa da saúde mental materna.
A presidente do CMDM, Lana Braga, afirma que a temática precisa ser discutida. “Durante muito tempo, a mulher foi acumulando vários serviços domésticos, sendo que esse trabalho dentro de casa nunca teve o devido valor, pois sempre foi visto como uma obrigação. Então, a importância de se discutir esse tema é para valorizar todo esse trabalho e essa sobrecarga que a mulher carrega tanto dentro quanto fora de casa, pois não há uma divisão de tarefas. Na maioria das vezes, os homens acham que estão ajudando, mas não deveria ser assim, pois tem que haver um compartilhamento de tarefas.”
Nacionalmente, a campanha Maio Furta-cor existe desde 2021 e já aprovou mais de cem leis, as quais instituem maio como o mês dedicado à conscientização e promoção de saúde mental materna nos calendários de estados e municípios brasileiros. Além de sensibilizar a sociedade para a causa, outros objetivos da iniciativa são promover ações de conscientização em saúde materna baseadas em evidências científicas e instituir o Maio Furta-cor como estratégia de política pública de saúde para mulheres-mães, por meio da aprovação de leis, em parceria com o Poder Legislativo.
A roda de conversa é aberta e não precisa de inscrição prévia. A ideia é que as participantes possam também compartilhar perspectivas em relação ao tema. As expositoras são psicólogas, advogadas, educadoras, mães e conselheiras do CMDM.
Após a abertura e introdução, estão previstas seguintes discussões: aspectos histórico e social do trabalho de cuidado reprodutivo das mulheres, impactos na saúde mental, relatos de maternidade, trabalho de cuidado na visão do direito e do Poder Judiciário, e enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado pela sociedade e possíveis saídas. A mediação ficará a cargo de Lana.
A psicóloga Amanda Casaroti Foresto vai abordar os impactos na saúde mental, para “pensar sobre as estruturas fragilizantes e patologizantes e sobre a quebra de conceitos patriarcais que perpetuam a desigualdade de gênero e anulam a subjetividade de mulheres-mães”.
“Dentro da nossa sociedade, cada uma das minorias sociais vivencia modos de opressão de formas diferentes. As mulheres na maternidade passam a vivenciar as pressões cotidianas de formas exponencialmente mais acentuadas: as cobranças, a culpa, o trabalho do cuidado, o retorno a si mesma, a construção de uma nova pessoa enquanto sujeito, a ausência de redes de apoio e de serviços que garantam direitos e segurança a mães e filhos, a invisibilidade do trabalho do cuidado, o machismo e seus desdobramentos, a infinidade de papéis e funções a serem exercidos. Todos esses atravessamentos influenciam negativamente no cenário habitado por mulheres que são mães”, afirma.
Amanda é suplente no CMDM como representante do Conselho Regional de Psicologia (CRP).
A Casa de Cultura Dinorath do Valle fica na rua Roberto Símonsen, 120, Chácara Municipal (ao lado do Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto).
Roda de conversa – Trabalho Invisível das MãesData: 27/05/24Horário: 19hLocal: Casa de Cultura Dinorath do ValleEndereço: rua Roberto Símonsen, 120, Chácara Municipal (ao lado do Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto)
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