A Defesa Civil de Rio Preto suspendeu nesta quarta-feira, 22/5, às 16h, o recebimento de doações na campanha de ajuda humanitária para as vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul (RS). A ação, porém, continua a contar com o trabalho fundamental de pessoas que dedicaram tempo e esforço na empreitada: os voluntários.
Mesmo que a arrecadação esteja suspensa, ainda há muitos itens a serem ordenados, acondicionados e despachados para as equipes gaúchas, trabalho que depende da ação de voluntários na triagem e organização dos itens. Desde o início da campanha, a Defesa Civil recebeu cerca de 550 toneladas de materiais.
Um dos mais ativos voluntários durante toda a campanha, o empresário Willian Tomaseto trabalha com a venda e locação de empilhadeiras. Na Defesa Civil, ele mesmo operou equipamentos deste tipo para movimentar paletes e fazer o carregamento de caminhões. “É um sentimento de gratidão. A gente vê que eles precisam tanto de ajuda e nós temos estrutura aqui para apoiar esses irmãos gaúchos”, afirma o empresário.
Logo na entrada da Defesa Civil, a designer gráfica e publicitária Jessica Medrado Soares trabalhava, nesta quarta, no recebimento de doações. Ela aproveitou o período de férias e esteve no local por diversos dias. “É importante a gente poder fazer algo, nesse momento difícil para tantas pessoas. Enquanto eu puder, vou estar aqui”, diz.
Na sala utilizada para separar os materiais recebidos, trabalhavam nesta quarta outras duas voluntárias que estiveram presentes durante todo o período da ação. “Eu sempre quis fazer trabalho voluntário e, no momento que soube que a Defesa Civil precisava de ajuda, eu vim para cá. Essa ação está tendo um significado muito lindo para a minha vida. Quando a gente ajuda o próximo, a gente tem um reencontro consigo mesmo”, diz a modelo e fotógrafa Heloisa Fernanda Curti da Silva, que atuou principalmente na organização e empacotamento de alimentos e produtos de higiene e limpeza.
Já Cleuza da Rosa de Souza utilizou seus conhecimentos como enfermeira para fazer a triagem e organização de medicamentos recebidos. No caso dela, a participação na campanha tem um significado ainda mais especial, pois Cleuza é gaúcha e morou muitos anos em Porto Alegre, onde ainda tem familiares. “Mesmo que eu não possa estar lá, junto do meu povo, dos parentes que perderam tudo, eu posso ajudar de alguma forma. Por isso, é um prazer estar aqui e contribuir”, afirma ela, que mora em Rio Preto há sete anos e é também terapeuta psicoemocional.
O diretor da Defesa Civil de Rio Preto, coronel Carlos Lamin, tem agradecido pessoalmente a cada um dos voluntários: “Precisamos honrar o trabalho dessas pessoas, valorizar o quanto eles se dedicaram por essa causa.” Ele estende os agradecimentos, também, a empresas que cederam seu trabalho. “Tivemos muita colaboração de transportadoras como a Transgrano, a Rodonaves e a Eplast. Agora, continuaremos a ter carregamentos semanais saindo da Defesa Civil, com os mantimentos que recebemos durante a campanha”, diz Lamin.Neste momento, está sendo priorizado o embarque de roupas de frio, alimentos e de itens para bebês. Por enquanto, não é feito o envio de água, pois o item não está mais sendo recebido pelas equipes da cidade de Canoas (RS), que está recebendo as doações de Rio Preto. “Estamos coordenando para direcionar esses materiais para outras localidades”, complementa.
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