O superintendente do Semae, Nicanor Batista Jr., discutiu, na tarde desta terça-feira (21/5), a importância de buscar novas fontes de captação de água, no 52° congresso da Assemae. A proposta foi discutir escassez hídrica e as potencialidades dos mananciais subterrâneos e superficiais para a gestão do abastecimento público de água. Os diálogos foram conduzidos pela chefe de Divisão de Cadastro da Saerp de Ribeirão Preto, Alice Daquila.
Na sua explanação, Nicanor Batista Jr. apresentou a importância de utilizar as águas dos mananciais subterrâneos como reserva estratégicas. “As águas que captamos no aquífero Guarani datam de 230 mil anos. A recarga deste manancial é muito lenta. Precisamos utilizar essa água captada com muita racionalidade e planejamento, uma vez que os lençóis freáticos estão sofrendo um rápido rebaixamento.”
No momento, Rio Preto está no período de estiagem. A última chuva registrada é do dia 14 de abril. Além disso, houve uma queda de 57% no volume de chuva, em relação ao mesmo período de 2023.
A autarquia diminuiu, de modo preventivo, a vazão da ETA - Estação de Tratamento de Água - ETA Palácio das Águas para 350 l/s. Os técnicos do Semae monitoram a situação.
O superintendente Nicanor salientou ainda que busca por alternativas de captação visa passar com tranquilidade o período de estiagem em Rio Preto. “Os gestores públicos precisam pensar no longo prazo, nas futuras gerações. Por meio de políticas de estado, pode-se garantir que a população tenha acesso à água potável. Em Rio Preto, após sete anos de estudos, concluímos o projeto para captar água no rio Grande. Essa água nos dará segurança para abastecer o município de modo sustentável, sem prejudicar o equilíbrio hídrico dos mananciais superficiais.”
Durante os debates na mesa-redonda, foram discutidos a importância da qualidade da água captada, a gestão e a contribuição de poços particulares e os desafios de novas fontes de captação de água.
Participaram da mesa-redonda, com Nicanor Batista Jr., Helena Magalhães Porto Lira (superintendente substituta da SUEST-PE da Funasa), Lineu Andrade de Almeida (diretor técnico da Saerp Ribeirão Preto), Ricardo Cesar Aoki Hirata (professor do Instituto de Geociências da USP) e Ângela Di Bernardo Dantas (doutora em hidráulica e saneamento pela USP).
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