Uma ação no parque promovida pela professora Nelci de Sá Marques com crianças da 1ª Etapa da escola municipal Professor Júlio de Faria e Souza Júnior, unidade que atende 480 crianças de 4 a 5 anos de idade, se transformou em uma poderosa atividade pedagógica.
A ideia surgiu naturalmente durante a atividade matinal pelo jardim. As crianças brincavam e exploravam o ambiente quando uma aluna observou uma borboleta que estava no chão. “Olha o que eu encontrei no parque, professora, uma borboleta”, disse surpresa Manuella, de 4 anos.
Na sequência, a coleguinha Lavine, da mesma idade, disparou: “ela está morrida!”. O fato de a borboleta estar sem vida despertou o interesse e a curiosidade das crianças e na mesma hora a professora Nelci teve um estalo e propôs ao grupo um desenho de observação com o objetivo de iniciar uma pesquisa.
O desenho de observação na Educação Infantil desenvolve nas crianças a capacidade de observar, analisar, contemplar, sentir texturas, cores e formas. Momento em que os alunos utilizam a linguagem gráfica para representar o que observam, imprimindo sua marca pessoal no desenho.
Ao longo deste processo foi registrado as narrativas das crianças e tudo o que elas já sabiam sobre as borboletas. O conhecimento prévio de cada aluno foi anotado e, ao final do percurso investigativo, alunos e professora elaborarão um produto final.
Segundo Adriana Pazianoto, coordenadora pedagógica da unidade do Jardim Santo Antônio, esse trabalho deixa evidente a forma como é conduzido o planejamento do professor e as ações pedagógicas.
“Muito bacana que o planejamento do professor seja pautado num tema de interesse das crianças. O fato de encontrar a borboleta despertou nelas uma série de questionamentos dando início às pesquisas. E é muito importante que as famílias saibam que através das explorações a professora precisa registrar tudo, colocar no papel todos os questionamentos e descobertas dos alunos”, explica Adriana Pazianoto.
O produto final pode ser um livro de curiosidades, de informações sobre as borboletas, um jogo de perguntas e respostas sobre esses animaizinhos, pode ser também uma exposição de desenhos com informações que elas aprenderam sobre as borboletas, o que significa que o projeto desenvolvido está apenas no começo.
“A equipe de capacitação de professores da Secretaria de Educação ofereceu formação voltada para pesquisas com as crianças pequenas, e isso contribui para o desenvolvimento da ação que é desenvolvida na escola”, conclui Adriana, coordenadora pedagógica da escola prof. Júlio de Faria e Souza Júnior, cuja diretora é a Ana Lucia Marques Regio e a assistente de direção Eliana Castro dos Santos.
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